sexta-feira, 3 de junho de 2016


O livro:

Teatro do Oprimido, Raízes e Asas: uma teoria da práxis combina teoria e prática para a análise do método do Teatro do Oprimido, uma criação do brasileiro Augusto Boal. O livro propõe uma discussão – consistente e acessível – sobre os conceitos que fundamentam o método em articulação com os avanços e desafios de sua Práxis. A abordagem didática facilita a compreensão tanto da estrutura dramática e pedagógica do método quanto da especificidade de sua estética. A diversidade de exemplos contextualiza a teoria e joga luz sobre questões éticas, filosóficas e políticas que envolvem a aplicação do método, características que qualificam esta publicação para o ensino formal e/ou informal do método do Teatro do Oprimido.

Conceitos Essenciais:

O Teatro do Oprimido é Teatro e é do Oprimido. Enquanto método teatral é expressão estética, arte. Ao assumir-se como do Oprimido, define posição política. Uma expressão artística que deve se constituir e se desdobrar em um fazer político. Arte e Política: o Método combina os dois campos de atuação e sobre ambos constrói sua identidade. Entendemos que a Opressão se estrutura e se baseia em contextos de injustiça, que perpetuam privilégios, cristalizam condições sociais, naturalizam segregações e reforçam desigualdades. Injustiças que concentram as riquezas produzidas coletivamente e socializam os problemas decorrentes dessa concentração; que garantem vantagens a grupos de seletos, em contraposição a desvantagens de grupos de oprimidos e oprimidas. O Método propõe a investigação estética e a representação artística dos mecanismos de opressão para a produção de consciência e de ações concretas. A eliminação da barreira entre palco e plateia garante o trânsito livre entre artistas e espectadoras, convidados a atuar também como artistas e como sujeitos sociais, produtores de cultura e de conhecimento, para travar um diálogo horizontal e propositivo, no qual a protagonista não seja objeto da caridade da espectadora. A horizontalidade do diálogo – relação entre iguais – pressupõe que se estabeleça um ambiente de solidariedade, no qual a espectadora, por reconhecer a injustiça imposta à protagonista e perceber a relação de interdependência entre a luta travada no palco e sua própria luta como cidadã, entra em cena para buscar alternativas, que venham, em última instância, a beneficiar a ambas.

A autora:

Bárbara Santos trabalhou duas décadas com Augusto Boal como coordenadora do Centro de Teatro do Oprimido, na concepção e desenvolvimento do Teatro-Legislativo e da Estética do Oprimido. Vive na Alemanha desde 2009, onde é diretora artística de KURINGA, espaço para o Teatro do Oprimido em Berlim. Difusora do Teatro das Oprimidas, inovadora experiência estética sobre opressões enfrentadas por pessoas socializadas como mulheres, é diretora artística da Rede Ma(g)dalena Internacional.

Lançamentos:
A autora iniciou o Tour de Lançamentos na festa de celebração dos 30 anos do Centro de Teatro do Oprimido – CTO, no Rio de Janeiro, em 16 de março de 2016, data do aniversário de Augusto Boal que se converteu no dia mundial do Teatro do Oprimido. Na seqüência, foram realizados diversos eventos de lançamentos em Santana de Parnaíba, Brasília, Goiânia, Maceió e Recife.
O livro também foi lançado em Lisboa, Porto (Portugal). Apesar de sua primeira edição ser em português, o livro também teve eventos de lançamento em Berlim (Alemanha) e Barcelona (Catalunha / Espanha).
Com a primeira edição esgotada em menos de dois meses, começam os preparativos para o novo Tour de Lançamentos no Brasil, da segunda edição, a partir de final de outubro de 2016. Para essa nova temporada de eventos, está dois eventos já agendados: a Jornada de Teatro do Oprimido da UNIRIO, de 28 a 30 de outubro, e uma atividade de lançamento na UNICAMP, no dia 18 de novembro de 2016, às 19:00.